Com o aumento no número de casos de dengue nesta época do ano, Mauá e outras cidades do estado de São Paulo estão intensificando as ações de prevenção e combate ao mosquito Aedes Aegypti, transmissor da doença e também da zika e da chikungunya. A iniciativa, que visa conscientizar a população para a eliminação de criadouros do mosquito, faz parte do Plano Estadual de Contingência das Arboviroses Urbanas, elaborado pela Secretaria Estadual de Saúde.

Segundo a atual gestão mauaense, algumas atividades estão programadas para esta semana com o intuito de lembrar a população sobre o tema. Uma delas é a intensificação das visitas casa a casa, com ênfase nos bloqueios, pelos agentes de endemias da Gerência de Zoonoses. Nesta terça-feira, primeiro dia de ações, o trabalho foi realizado no Jardim Mauá.

Outra iniciativa que faz parte da campanha de prevenção à dengue, zika e chikungunya é o oferecimento de orientações aos munícipes no comércio local. Já a UBS (Unidade Básica de Saúde) do Jardim Itapark terá a exposição de uma maquete explicativa sobre o que é considerado certo e o que é errado em relação a dengue. O objetivo é ensinar a respeito dos cuidados básicos em imóveis, como cobrir caixas d’água e manter calhas limpas, uma vez que o mosquito se reproduz em água parada. Na próxima semana, o modelo ficará na unidade Parque das Américas.

Ainda de acordo com a administração municipal, ações de prevenção contra o Aedes Aegypti são realizadas o ano inteiro, com um trabalho que inclui vistorias em imóveis, pontos estratégicos (ferros-velhos), imóveis especiais (UBSs e escolas) e ADL (Avaliação da Densidade Larvária) para verificar a infestação do mosquito e o trabalho de bloqueios em regiões de casos suspeitos. Em 2022 foram feitas 243.080 visitas e, em 2023, 34.562.

Já o Governo de São Paulo lançou a campanha ‘Qual o animal mais perigoso do mundo?’. Por meio de uma peça publicitária, que será veiculada em rádios, TVs abertas, portais e redes sociais com informações sobre os principais focos de proliferação do mosquito, a iniciativa buscará difundir orientações sobre prevenção e ações em casos de sintomas da doença e busca mobilizar os cidadãos a participarem efetivamente do combate, eliminando todo o local de água parada.

Conforme informações do governo paulista, ações voltadas para reduzir a infestação do mosquito Aedes Aegypti e sua circulação viral, como orientações sobre medidas de prevenção e advertências quanto aos sinais e sintomas das doenças, e a intensificação de visitas domiciliares aos imóveis para eliminar os criadouros do mosquito, também serão adotadas. 

Dados 

Segundo números do Governo de São Paulo, até fevereiro deste ano foram registrados 20.981 casos de dengue, em 430 municípios e 13 óbitos no estado, enquanto estatísticas do Paço mauaense apontam que cinco casos da doença foram descobertos na cidade em 2023. Atualmente, indicadores apontam situação de risco em 156 municípios e 249 em situação de alerta.

Já no ano passado, São Paulo acumulou 332.139 casos de dengue, distribuídos em 617 municípios, e 287 óbitos, além de 934 casos de Chikungunya em 115 municípios, sendo 113 casos entre janeiro e fevereiro. Em 2023, no mesmo período, foram notificados 130 casos da doença em 35 municípios. Em relação a Zika vírus, em 2022 foram registrados cinco casos no estado e até o momento em 2023 não há registros confirmados. Em Mauá, foram diagnosticados na cidade 89 casos de dengue, um de chikungunya e nenhum de zika no último ano e nenhum episódio das duas doenças em 2023.

Dengue, zika e chikungunya têm sintomas similares, como febre alta, dores pelo corpo e mal-estar. Ao notar qualquer sinal destas enfermidades, procure o médico.